Você já parou pra pensar como os carros funcionam? O que está por trás daquele tanto de metal, fios e tubos que você vê quando dá uma espiada no capô? Para quem nunca se interessou, dá uma olhada neste post pra ficar por dentro do que acontece e de uma nova pesquisa que vem sendo feita pra aumentar a eficiência do seu motor.
Os motores convencionais são motores de 4 tempos: Admissão, Compressão, Combustão e Expansão. Neste ciclo de quatro tempos temos um movimento linear de um pistão que é convertido através de um virabrequim em movimento de rotação que faz o carro andar.
A admissão de combustível ocorre através da válvula de admissão, responsável por injetar poucas gotas de combustível que se mistura ao ar presente na câmara. Na fase de compressão a mistura ar e combustível é comprimida de forma a potencializar a combustão. Na etapa seguinte temos a geração de um centelha no interior da câmara de combustão, fazendo o ar expandir e empurrar o pistão para a sua posição inicial. Por fim, os gases presentes no interior da câmara de combustão devem ser expulsos, sendo por isso, denominada de exaustão. Este ciclo então se repete.
Através deste ciclo de funcionamento o motor 4 tempos ou motor de Otto é capaz de converter apenas 30% da energia presente nos combustíveis em movimento, o restante é perdido na forma de calor, ruído, entre outras formas de energia. Mas, segundo uma nova pesquisa realizada pela Tour Engine é possível aumentar esta eficiência, sendo necessário apenas dividir o motor em duas partes, sendo cada uma especializada em suas funções.
Segundo os pesquisadores, a baixa eficiência observada é produto das tarefas contraditórias que o motor de combustão interna convencional tem que realizar: compressão e combustão.
Para que o processo de compressão funcione é necessário que a câmara seja resfriada, utilizando para isso o radiador. Assim, o radiador retira constantemente energia do processo, diminuindo a energia aproveitada durante a combustão.Porém, durante a combustão geramos calor que aquece a câmara. Fica bem claro que mandamos o motor realizar tarefas contraditórios!
Buscando um novo design com maior rendimento os engenheiros da Tour Engine dividiram o motor em duas metades conectadas através de válvulas. Em uma das metades, a quente, ficaram concentrados os processos de combustão e admissão. Na parte fria do motor, os processos de compressão e exaustão. Neste design, os pesquisadores conseguem isolar termicamente os componentes, sem ,no entanto, desprezar a importância deles no resultado final.
Separando o motor em partes os pesquisadores puderam também se atentar para detalhes do design que atendiam especificamente a uma etapa. Como cada parte faz uma diferente tarefa, cada uma tem especificações de tamanho próprias que antes eram negligenciadas pela união dos processos. Um exemplo é a câmara para compressão que é mais eficiente em tamanhos menores, enquanto que para a combustão a câmara têm que ser maiores, permitindo um aproveitando melhor da energia gerada na expansão. Dessa forma, no motor convencional, como a câmara de expansão é menor que o tamanho ideal, uma parcela da energia é perdida por falta de espaço durante o processo de combustão.
A empresa está produzindo atualmente seu segundo protótipo. Eles estão na expectativa de aumentarem o rendimento do motor em mais de 50% e reduzirem a emissão de dióxido de carbono em um terço.
Quer ler mais sobre carros ecológicos e revolucionários, confira este post...
Nenhum comentário:
Postar um comentário